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Acordo de Sócios: O Documento que Salva Empresas da Ruína Silenciosa

  • Foto do escritor: Regis Furtado
    Regis Furtado
  • 29 de abr.
  • 2 min de leitura


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Toda sociedade começa com entusiasmo. Dois ou mais sócios se unem com uma ideia, um propósito e a expectativa de crescimento. No início, o clima é de confiança e alinhamento. Mas o tempo revela diferenças: visões distintas de gestão, desequilíbrio de dedicação, divergências financeiras ou conflitos pessoais. Quando isso acontece — e acontece mais do que se imagina — a ausência de um acordo de sócios transforma desentendimentos em verdadeiras guerras empresariais.


E é exatamente aí que muitas empresas quebram. Não por falta de produto, cliente ou faturamento. Mas porque não estavam juridicamente preparadas para um cenário que, mais cedo ou mais tarde, é quase inevitável: o desacordo.


O acordo de sócios é um documento jurídico que, longe de ser burocrático, é um instrumento de preservação da empresa e da relação societária. Ele não substitui o contrato social, mas o complementa. E faz isso abordando justamente os temas mais sensíveis — aqueles que causam litígios quando não estão definidos.


O que acontece se um sócio quiser sair? Como será feita a apuração do valor das cotas? Um sócio pode abrir negócio semelhante? Como se resolve um impasse decisório? Como evitar a entrada de herdeiros ou cônjuges na sociedade em caso de falecimento? Como distribuir lucros quando há diferença de dedicação entre os sócios?


Todas essas respostas precisam estar formalizadas, com clareza e segurança, antes do problema surgir. Porque depois, as decisões passam para as mãos da justiça. E o Judiciário, ao contrário do que muitos pensam, não tem soluções rápidas nem personalizadas para conflitos societários.


O que o acordo faz é devolver aos sócios o poder de decidir o destino da própria empresa. Estabelece regras objetivas para momentos de tensão. Evita rupturas traumáticas. Protege o patrimônio. E permite que a empresa continue operando mesmo diante de mudanças internas.


O custo de um bom acordo é infinitamente menor do que o custo de uma disputa entre sócios. E sua elaboração exige técnica, estratégia e leitura precisa do negócio e das relações envolvidas. Não se trata de um modelo pronto, mas de um documento sob medida, feito para a realidade e os riscos daquela empresa.


Se você tem uma sociedade ativa, e ainda não formalizou um acordo de sócios, o melhor momento para fazer isso foi no início. O segundo melhor momento — é agora.


A prevenção, nesse caso, não é uma vantagem. É uma blindagem.

 
 
 

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